Empresa que fez mergulho com turista que morreu em Fernando de Noronha diz que ele começou a passar mal logo após voltar à superfície

Turista Bruno Jardim de Miranda Zoffoli morreu na terça (15), após mergulho na Corveta Ipiranga. Região tem 62 metros de profundidade. Mergulho aconteceu na...

Empresa que fez mergulho com turista que morreu em Fernando de Noronha diz que ele começou a passar mal logo após voltar à superfície
Empresa que fez mergulho com turista que morreu em Fernando de Noronha diz que ele começou a passar mal logo após voltar à superfície (Foto: Reprodução)

Turista Bruno Jardim de Miranda Zoffoli morreu na terça (15), após mergulho na Corveta Ipiranga. Região tem 62 metros de profundidade. Mergulho aconteceu na Corveta Ipiranga Zaira Matheus/Acervo pessoal A operadora Sea Paradise, que realizou o mergulho em Fernando de Noronha para a Corveta Ipiranga com o turista mineiro Bruno Jardim Zoffoli, que morreu na última terça (15), disse por meio de nota que o empresário teve sintomas da doença descompressiva logo após retornar do mergulho, ainda no barco. Segundo a Sea Paradise, por volta das 11h30, após a realização do mergulho no naufrágio "Corveta Ipiranga" - numa profundidade de 62 metros - Bruno Zoffoli "apresentou sinais de doença descompressiva e imediatamente foi atendido pelos instrutores que estavam à bordo da embarcação, com a administração de oxigênio puro e hidratação". ✅ Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE A operadora de mergulho disse também que foram seguidos todos os protocolos de segurança de agências internacionais de mergulho e que houve melhoras dos sintomas. "Cabe esclarecer que o mergulho transcorreu sem intercorrências e conforme havia sido planejado pela equipe, com o cumprimento rigoroso de todas as etapas descompressivas", diz a nota da Sea Paradise, acrescentando que a equipe era habilitada e capacitada para a atividade. A Sea Paradise explicou que, ao chegar no porto, Bruno Zoffoli foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital São Lucas. O turista teve uma parada cardiorespiratória após algumas horas de atendimento e não resistiu. “Expressamos nossas mais sinceras condolências à família e amigos pela partida precoce de Bruno. Sua ausência representa uma inestimável lacuna na comunidade do mergulho, da qual era profundamente vinculado. Bruno era amigo e cliente da Sea Paradise há muitos anos. Neste momento de grande tristeza, a empresa direciona todos os seus esforços no apoio à família”, indicou a nota. Corveta Ipiranga em imagens de arquivo do programa 'Nordeste Viver e Preservar' LEIA TAMBÉM Empresário, ex-secretário de obras e mergulhador com 10 certificados: quem era turista mineiro que morreu em Noronha Turista que morreu após mergulho em Fernando de Noronha foi colocado em câmara hiperbárica para respirar oxigênio puro O que é doença descompressiva? A doença de descompressiva acontece especialmente com mergulhadores e é provocada pela formação de bolhas no sangue pelo excesso de nitrogênio ou outro gás utilizado nos cilindros de oxigênio. Esses gases são dissolvidos nos tecidos do corpo humano quando a pessoa está realizando o mergulho em profundidade – em condições hiperbáricas, quer dizer, num ambiente onde a pressão é maior que a pressão atmosférica; Os gases da mistura respiratória dos cilindros de ar, também chamados de gases inertes, não interagem com o ambiente na superfície da água; Dessa forma, quanto mais fundo a pessoa mergulha e maior o tempo da atividade, mais os gases inertes se dissolvem dentro do corpo humano; Para evitar problemas na hora de retornar à superfície, quem pratica mergulho costuma controlar o tempo e a profundidade que permanecerá na atividade; Na hora de voltar à superfície, também é importante controlar a velocidade de retorno – respeitando o tempo de readaptação do organismo; Todos esses fatores influenciam nos possíveis efeitos colaterais que podem provocar a doença descompressiva – que, se não for revertida, pode provocar a morte; O tratamento consiste em fazer a pessoa respirar oxigênio puro dentro de um equipamento chamado câmara hiperbárica – que simula um ambiente semelhante ao fundo do oceano (onde a pressão é maior do que a atmosférica); Ao ser colocada numa câmara hiperbárica para inalar oxigênio puro, a pessoa elimina gradualmente os gases da mistura respiratória dos cilindros de ar e pode reverter os efeitos da doença descompressiva. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias m